Clássico da Semana: Metal Gear Solid


Poucos jogos impressionam geração após geração como Metal Gear e, com o anuncio de Ground Zeroes, Metal Gear Solid para PlayStation é o Clássico dessa semana.




Escrito e dirigido por Hideo Kojima, produzido e distribuído pela Konami, Metal Gear Solid revolucionou a série de espionagem e tirou ela da "escuridão" e a tornou famosa mundialmente.


Originalmente chamado de Metal Gear 3, teve seu nome alterado para Metal Gear Solid porque o Kojima achava que os dois jogos originais não eram muito conhecidos.
Lançado em 2 CDs para não perder nada em qualidade, o jogo começou a ser produzido em 1995, foi anunciado na E3 de 1997 e só foi lançado em 1998 para o PlayStation 1. Depois, em 1999 o jogo recebeu uma nova versão para o console da Sony com alguns extras e, em 2000, recebeu uma versão para computadores. O jogo recebeu ainda um Remake para GameCube em 2004, usando a Engine de MGS2 e chamado de Twin Snakes.





Em 1998, o jogo da Konami não só elevou a barra para qualquer sucessor ou jogo do gênero Stealth, ele simplesmente explodiu ela. Extremamente bem recebido por crítica e público o jogo vendeu mais de 6 milhões de cópias, teve notas de 8,5 a 10 na crítica especializada fechando 94% no metacritic e entrou para o Guiness com o "uso mais inovador do gamepad".


Dentro da série, MGS introduziu longas cut-scenes, dublagens para todos os personagens, cenários em 3D e uma visão em primeira pessoa. Porém mesmo com os gráficos em 3D a jogabilidade continuou muito parecida com os jogos originais em 2D do MSX2.

Continuando a história do agente de infiltração e espionagem, Solid Snake, MGS se passa em 2005 quando uma "tropa de elite" geneticamente modificada se rebela e toma controle da base "Shadow Moses" numa ilha remota do Alaska e, sob a liderança de membros da FOXHOUND (antiga unidade de Snake) ameaçam lançar um ataque nuclear contra os Estados Unidos caso os restos mortais de Big Boss (antigo líder da unidade FOXHOUND e comandante de Snake) não sejam entregados a eles em 24 horas.
Roy Campbell, ex-coronel, amigo e ex-comandante de Snake volta da aposentadoria para "convencer" Snake de se infiltrar na ilha, descobrir se os terroristas tem como lançar um ataque nuclear, salvar reféns e, extra-oficialmente, resgatar sua sobrinha. 
Chegando lá Snake vê que Campbell esteve escondendo algumas informações dele, mas o ex-coronel ainda será seu maior suporte e amigo durante a aventura do mesmo jeito.

Ok, MGS tem uma ótima história e conta a mesma muito bem por meio de cut-scenes e conversas via codec... Mas e o Gameplay?
Como terceiro jogo da série, MGS não inovou tanto e não arredou do nível de dificuldade (Se não se cuidar você VAI morrer, e MUITO), ainda assim o jogo é muito bom. Os controles são intuitivos, os puzzles são inteligentes, as lutas contra chefes são extremamente bem feitas e você vai precisar pensar.
Na verdade, às vezes, o jogo chega a ser até inteligente demais e o jogador pode ficar um pouco confuso, mas ele pode contar com uma vasta equipe de suporte que irão dar dicas via radio ou, pelo menos, te dizer palavras de apoio.
Para aqueles que não sabem Metal Gear criou o gênero "Stealth", onde você deve tentar passar pelos cenários da maneira mais silenciosa possível e tentar não ser visto de maneira nenhuma ou as coisas ficam complicadas para o seu lado e diversos guardas irão te cercar e encher de buracos.
Você terá que bolar estratégias, achar lugares para se esconder e se mover com sabedoria para escapar dos inúmeros guardas, câmeras de segurança, turrets, minas e cachorros. Contra os chefes não há escapatória e você terá apenas que pensar num jeito de derrotá-los antes que eles te derrotem.

Em resumo Metal Gear Solid é um jogo difícil, sem ser frustrante, divertido, que conta uma boa história, tem boa trilha sonora e boa dublagem. Tudo isso em 1998. E, embora hoje não segurem a barra, tem um dos melhores gráficos que vimos no PSOne, que impressionam pela qualidade.

Até o Game Over é "menos chato" com os personagens gritando "Snake?! Snake?! SNAAAAAAAKEEE!".

Só não digo que MGS é perfeito porque há uma parte em que não temos continues e temos que escolher entre: jogar uma insuportável mini-game que é díficil e te leva a morte e, consequentemente, o menu principal e depois telas de loading e blá blá blá. OU não jogar e ver o final ruim e não-canon (final "falso"). Mas hey, nada é perfeito, a vida é assim. Esse "problema" não ofusca a grandeza desse título que foi o adeus a nossas infâncias e o começo de nossa vida adulta.

Um clássico instantâneo e um must-play para todos aqueles que se consideram ou consideraram gamers em algum momento de suas vidas.

Metal Gear Solid pode ser comprado para PSP, PS Vita e PS3 na PSN Brasileira por R$20,99 e na Americana por $9,99.

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